28.8.08

Blogueiro em Paris

paris">
O governo deveria obrigar todos os cidadãos ao visitarem Paris uma vez por ano. Aos necessitados, deveria haver um fundo de ajuda.

Nos encontramos na Bastilha, onde foi tirada esta foto.

26.8.08

Teu pau é "bunitinho", disse Lúcia para Agenor levantando-se da cama enrolada num lençol.
Na verdade ela supunha um feio engraçadinho.
Apesar de ter aquele peru horroroso, Agenor era responsável e sério, e deste então, era aquilo que ela mais prezava.

Até então, Lúcia dava importância somente para uma boa pica. Grande, grossa e cabeçuda, que metesse bem e por um longo período, até que ela pudesse atravessar todo o deserto árido de seus medos e frustações, pra poder chegar ao oasis efêmero do orgasmo.

Cansada de homens que não chegavam aos pés dos seus próprios paus, ela preferiria agora sacrificar seus prazeres uterinos em troca de estabilidade na vida, pois afinal ela precisava terminar os seus cursos de corte e costura no SESI, de inglês no SENAI e um de computador no SENAC. Terminados os cursos ela pretendia arrumar um emprego no comércio, uma casinha em Campinas e ser feliz pra sempre.

Mesmo assim ela nunca esqueceria Tibúrcio, que apesar de feio e ter um nome pior ainda, tinha uma pica maravilhosa. Quando deus o pôs no mundo disse, vai Tibúrcio, seja uma pica na vida.
pau

Mas Tibúrcio não passava daquilo. Um pau maravilhoso, mas apenas um pau.
Tinha inteligência de um chipanzé, a fineza de um hipopótamo e era vagabundo como um vira latas.
Ele era um típico escravo do próprio pau.
Vivia pra ele, seguia seus desejos e sua personalidade não era tão forte quanto a do próprio pênis.

Mas Agenor era diferente. Trabalhava há anos numa empresa onde se consertavam geladeiras e era um entendido no assunto. Era bonito vê-lo falar sobre os aspectos técnicos de uma geladeira e como era fácil entender o que era um termostato com o Agenor.

21.8.08

Massagem no Ego

Naquele dia que você acorda meio em dúvida do sentido da existência, a divina providência envia um anjo cibernético pra massagear seu ego.

Aqui, no blog ESTRANGEIRA da Ana Claudia Menezes, uma referência carinhosa a mim.

Mas, deixando o egocentrismo de lado, o blog da Ana Claudia está cheio de referências interessantes à literatura, política e cultura em geral e outros blogs interessantes.

Constante referência à culinária faz o blog ficar literalmente gostoso.

16.8.08

Participação de Nascimento.


Sou avô. Nasceram 7 lindos filhotes do meu casal de passarinhos. As crianças estão saudáveis e a mãe passa bem, o parto foi normal .

O berço está sob observação da webcam, e a imagem pode ser vista ao lado.

Para ver a cam em ação, acesse esta página. A imagem refresca a cada 20 segundos, se houver movimento na cena. Mas isso é coisa que não falta.

Os pássaros que possuo são da espécie Manon Bengalês, em Português. O nome científico é Lonchura Doméstica.

Na verdade, esta espécie não existe na natureza. Ela foi "inventada" na China, com o cruzamento de duas outras espécies.

São acostumados a viverem em apartamento e adoram assistir o Animal Planet na TV.

Por serem muito sociáveis, vivem na maioria do tempo, soltos pela casa e sempre voltam ao ninho à noite.

6.8.08

O Ermitão da Hydra

hydra


Certa vez, João da Silva trancou-se no banheiro e prometeu nunca mais sair dali, depois de uma briga com Maria da Silva sobre uma meia jogada detrás da porta.

Ao invés de tomar alguma medida a família concordou com a loucura dele, pois João estava mesmo insuportável nos últimos tempos.

Depois da briga, ele entrou no banheiro e se viu no reflexo da hydra. A sua imagem deformada, naquele botão armado sobre um bojo metálico, o levou a decidir ficar mesmo dentro daquele banheiro pro resto da vida. Era melhor do que viver a estúpidez do mundo lá fora, achava ele.


A família passava a comida e outras necessidades pela janela.

João meditava, alimentava-se e tomava banho. Puro, limpo e sem incomodar ninguém.

Ali, ele construiu seu mundo, entre os azulejos e os sanitários.

Um dia masturbando-se no ladrilho, engravidou o box do chuveiro. Desiludiu-se quando dos ladrilhos, nasceram ladrões.

A partir de então decidiu nunca mais nunca mais entregar-se ao amor, mas sim à filosofia. Um dia pediu ao filho, pela janela, pra comprar-lhe o livro O PEQUENO PRÍNCIPE.

Até que um dia, tomando água na boca da torneira, perdeu-se num beijo e apaixonou-se por ela.



A família construiu outro banheiro num puxado atrás do quintal e com a aposentadoria de João compraram um fusca 74 novinho, que aquela era a época de fuscas 74.

2.8.08

A viagem sobre os próprios joelhos

Meus joelhos, que me levam por ai, são companheiros de muitas viagens:



saco dos limões
Nesta foto, no Saco dos Limões, em Floria(brega)nópolis. Enquanto sentavámos numa cadeira amarela de plástico, tomávamos uma cerveja xixilenta, olhando o povo perdir um xis-galinha.






Herne, na Alemanha, fomos visitar Beatriz. Hoje, Beatriz está morta. Talvez eu mesmo nunca mais volte lá, mas meus joelhos, eu não sei.




Em San Malot, na França. A cidade feita de pedras.





Em Tel Aviv, Israel.








E praça da Sé em São Paulo.






joelho
Em Curitiba, cansados do caos, nos sentamos no Largo da Ordem.