8.9.08

O Telefonema

Dona Flores ligou imediatamente para o Agenor, no seu escritório da madeireira Tupinambá, sob o olhar afoito de Rosélia, quando soube que Filomena, a filha da vizinha estava grávida e que os rumores apontavam pro seu marido.


Ela deixou imediatamente a mesa do café, com o seu tão apreciado mamão papaya, quando ouviu da boca santa de Rosélia, que não faltava a missa um só Domingo, que o pai da menina, estaria vindo ali naquela noite para descutir o assunto.

Naquela noite, Agenor ligou dizendo que teria que trabalhar até mais tarde, pois havia chegado um carregamento atrasado de peroba do Paraná...

Dona Flores foi dormir depois de tomar umas cibalenas e Rosélia atendeu a porta quando chegou o pai de Filomena e jurava que ele escondia um bacamarte sob a blusa.

Bacarmate não existem mais Rosélia, pistola é o que se diz hoje em dia, pistola. – dizia Dona Flores na manhã seguinte.

Agenor ficou duas semanas sem aparecer e todo dia Dona Flores ligava pra madereira
Tupinambá procurando seu marido.

Tudo acabou quando a filha da vizinha abortou naturalmente e Agenor espalho a notícia na vizinhança que havia comprado uma pistola 48, que Rosélia insistia em chamar ainda de bacamarte.



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