6.10.09
Cara de palhaço
A Holanda, num interessante auxílio às artes cênicas, está
oferecendo curso e treinamento gratuito de clown para estrangeiros.
Basta a pessoa interessada participar de um curso de cidadania, ou
inburgering, como é aqui chamado. A coroação do curso de palhaço
acontece quando esta pessoa procurar falar o holandês.
O curso de cidadania é obrigatório pra todo o imigrante, mas a
segunda etapa, o falar holandês, não.
Aconselha-se àqueles que não dispuserem de habilidades ou tendências
às artes cênicas, que procurem não falar este idioma, tão sonoro,
tão agradável, tão germanicamente melódico, senão, com certeza,
passarão por candidatos ao ridículo.
Eu mesmo já desisti. Apesar de conseguir levar uma conversação
básica, prefiro me comunicar em inglês, que é uma língua aberta,
normal e que aceita uma gama variável de sotaques.
Geralmente, os holandeses, ao primeiro sinal de alguma falha do
interlocutor, começam a olhá-lo como se ele fosse, na melhor das
hipóteses, um chipanzé.
Aurélio define a língua holandesa como “um baixo alemão falado na
região dos flandres”. Vale à pena todo este esforço pra escarrar
falar esta língua tão útil, falada na imensa Holanda, na Bélgica e
no Suriname?