Quando eu tinha 18 anos, recebi um poema de um menina que conheci num dia.
Esqueci o poema, esqueci a menina, esqueci até dos meus 18 anos.
Tempo mais tarde esta pessoa me acha na internet e me envia novamente o poema.
É um acróstico do meu nome da época,
Depois meu nome mudou, eu mudei e me mudei.
M undo mau, marcado, mero,
Á spero, amargo, até à toa.
R etrato real, retalhos rasgados,
L utas, lamentações, limitações
I nércia, incerteza...
O stentação, omissão, opressão.
S atisfação, sossego, só às vezes
I nstantes inesquecíveis
L evam-nos livres a lugares lidos
V iver, vai se vivendo
E nquanto existir esperança,
I gnoro o ilógico,
R indo, revivo, refaço, relembro,
A mo, aspiro..
D ias dourados,
A marelo amanhecer...
S ou sempre sonhar...
I mportante, importante, insisto
L evo, lembro, longe
V ocê, verdadeiro valor,
A migo, alegria, amor.
Carmen - 1978
Dat is wat ik zie van mijn raam.
Een zebrapad, waar over ik mijn ogen iedere dag steken.
Amsterdam OudZuid, Olympiaplein.
Een zebrapad, waar over ik mijn ogen iedere dag steken.
Amsterdam OudZuid, Olympiaplein.